quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aborto - a banalização da vida.

 

"Ninguém é a favor do aborto. A pergunta é: a mulher deve ser presa? Deve morrer?"

A frase acima é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual discursava a respeito de um projeto de lei que tramita no congresso nacional, trata-se da legalização ou descriminalização do aborto.
Segundo a medicina, existem dois tipos de aborto: O aborto involuntário ou falso parto, e, o aborto voluntário ou interrupção voluntária.
O aborto involuntário, pode ser divido em dois períodos: 1º e 2º trimestre; No primeiro trimestre, primeiro morre o ovo e em seguida é expelido, e o aborto do segundo trimestre, o zigoto é primeiro expelido e morre em seguida. Geralmente os abortos involuntários são causados por distúrbios genéticos, em 70% dos casos, os embriões são portadores de anomalias.
O aborto voluntário ou interrupção voluntária da gravidez, é uma técnica utilizada para a interrupção precoce da gestação, eventualmente, utiliza-se o método clássico por curetagem uterina e o método moderno por aspiração uterina. No Brasil, tal prática constitui crime previsto pelo código penal, exceto, quando necessário para salvar a vida da gestante ou quando a gravidez for resultante de estupro.
Em face disto, voltemos ao dilema do presidente Lula, qual o melhor caminho, prender a mulher que pratica o aborto voluntário? Ou alterar a lei, descriminalizando tal prática.
Ressalta-se que modificar a lei não é uma tarefa tão fácil quanto parece, será necessário rever a constituição, o código penal, e também o código civil; perante a lei, todos tem direito à vida. O 2º artigo da lei 10.406/2002 (Código Civil) assim dispõe: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” Ou seja, garante-se os direitos civis não somente depois do nascimento com vida, mas durante toda a gestação, desde a concepção até o nascimento. Resumindo, os direitos civis não são apenas da mãe, mas também do feto, desde o momento da sua concepção, pois são considerados pela lei e pela ciência, como pessoas distintas. Assim como a mãe tem o direito à vida garantida por lei, o feto também tem. Razão pela qual o aborto ainda é considerado crime, porquanto é a interrupção da geração (gestação) de uma vida; ora, caso não haja a interrupção, a natureza cuidará do desenvolvimento e do nascimento do bebe. Conclui-se então que, quem comete um aborto comete um assassinato, e torna-se criminoso, tanto o aborteiro quanto a abortante.
Segundo informações do ministério da saúde, 220 mil mulheres procuram os hospitais públicos para tratarem das seqüelas de abortos feitos clandestinamente, estima-se que são realizados quase 1 milhão de aborto todos os anos, gerando assim um gigantesco mercado paralelo, no qual gasta-se muito clandestinamente, e consecutivamente, desaba num grande prejuízo aos cofres públicos, porque, não há geração de impostos, e o governo ainda tem que arcar com o tratamento das seqüelas produzidas por tais práticas.
Os argumentos utilizados para defender a legalização do aborto, parte de um grupo de cientistas no qual dizem que até 12 semanas de gestação, não há relação entre os neurônios do feto, e de outra parte, das autoridades brasileiras, respectivamente dos senhores ministros José G. Temporão e Nilcéia Freire, no qual fundamentam-se em leis, afirmando que a morte cerebral é o fim da vida, analogicamente, considerando o prazo de 12 semanas, concluem que a vida do feto se inicia a partir deste período. Daí a proposta deste prazo para a prática do aborto, afirmando a ausência da vida, ressaltando-se que outros países já adotaram tal prática.
Contudo, estamos num país considerado cristão, e, a idéia de que a vida começa após 12 semanas de gestação, entra em confronto direto com a Palavra de Deus.
Teologicamente, o homem é composto por três essências: Corpo, alma e espírito (1 Tess 5:23), e, a vida do homem se encontra no espírito, após Deus criar o homem do pó da terra, soprou nele Seu fôlego de vida, este então, passou a viver (Gen 2:7).
O ser humano não é um corpo que possui um espírito, e sim, um espírito que possui um corpo, não obstante, após a sua morte, o corpo volta para a terra, como dantes, e o espírito volta a Deus, que o deu (Ec 12:7).
No livro de Jó, há a menção desta idéia no capitulo 10, versículos 8 à 12, que diz: “As tuas mãos me modelaram e me aperfeiçoaram, porém, agora queres devorar-me; lembra-te de que me formaste como em barro, e queres agora reduzir-me a pó? De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entretecestes; Vida me concedeste na sua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou”.
Jó declara expressamente que Deus vestiu o espirito dele de pele e carne.
Atesta-se o exposto por intermédio da revelação que o Espírito Santo concedeu a Davi, no qual diz: “Pois tu formaste o meu interior. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substancia ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles haviam ainda. (Salmos 139:13, 14-16)
Davi deixa bem claro que ainda no ventre materno Deus formava o interior dele
(espírito e alma / personalidade), e que os olhos de Deus penetravam até mesmo o interior da mãe, no oculto, onde ele estava se desenvolvendo. Ele afirma que Deus contemplava a substancia ainda informe dentro do ventre, e que já escrevia no Livro da Vida, quantos anos Davi viveria na terra.
Essas passagens afirmam que Deus é o autor da vida, e que seu inicio é a partir da concepção, ainda que não haja relação entre os neurônios, este fato é insuficiente para provar ausência de vida; Acaso o embrião não tem vida? O óvulo da mulher não tem vida? O ser ainda informe, declarado por Davi, contém um espírito da parte de Deus, e se não houver a interrupção, conterá também um corpo perfeito e uma boa saúde, mesmo que neste período de 12 semanas o cérebro não funcione, não se pode afirmar a morte cerebral, porque não acontece naturalmente, antes, é causada pelo aborto voluntário.
Em face do exposto, o dilema do Lula aumenta, em quem ele deve acreditar? Na ciência? Ou em Deus? Quero rememorar aqui o caso da menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, que nasceu sem o cérebro e tem mais de 6 meses de vida, consegue responder a estímulos musculares, tem sensibilidade, percebe quando a mãe sai e volta para o quarto, e mama no peito normalmente. Como ela conseguiu aprender a mamar? Não obstante ao fato de que a morte cerebral é o fim da vida. Como a ciência explica este caso?
Para mim, esta menina é um cala boca da parte de Deus para os cientistas, uma vez que todas as teses em que a ciência se apoiava caíram por terra; A mente é produto do corpo ou o corpo é produto da mente? Meu Deus, que tombo grande, como diz as escrituras: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos (1 Cor 1:19)”. Sem mencionar que se o Lula acreditar na ciência, a consciência dele poderá ficar tranqüila perante o homem, contudo, perante Deus ele será o legalizador de mais de 1 milhão de assassinatos anuais. Que peso em sr. Lula.
Entretanto, voltando a sua pergunta: A mulher deve ser presa? Deve morrer?
Acredito que esta não é a pergunta que deve ser feita, o que se deve perguntar é: A mulher deve sair por aí transando com todo mundo sem um pingo de responsabilidade? Sem um pingo de vergonha na cara? Ou nenhuma delas sabem que o sexo irresponsável é a mola propulsora da gravidez? Toda ação tem uma reação, parem de transar como loucas e não morrerão, ou, caso engravidem, assumam a responsabilidade por seus atos, o que não dá para aceitar é a legalização do assassinato, porque se a minha mãe estivesse escolhido o aborto eu não poderia expressar neste blog a minha indignação. A descriminalizando é o atestado de banalizaçao da vida. Deve então ser presa? Deve morrer?
Se for assim, devemos deixar os traficantes morrerem? Devemos deixá-los serem presos?
Ou devemos legalizar o tráfico de drogas? Quantos jovens estão presos por causa das drogas? Quantos já morreram?
Lembre-se, quem planta vento, colhe tempestade, não quer morrer e nem ser presa? Cuide-se, seja responsável, e não precisará abortar.

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